O
vereador Toni Proença participou, no último final de semana (02 e 03 de junho),
em São Paulo, da reunião do Diretório Nacional do Partido Pátria Livre (PPL).
Na reunião, com a participação de dirigentes do partido de todas as regiões do
país, os integrantes do Diretório do PPL debateram a situação econômica do país, a política
nacional, destacando a CPMI do Cachoeira, e a política eleitoral do partido nas
eleições municipais que serão realizadas em outubro.
No seu informe político, o
presidente nacional do PPL, Sérgio Rubens de Araújo Torres afirmou que a queda
das taxas de juros no Brasil são importantes para o País voltar a crescer, mas
que apenas isso não resolve. “Já é hora do governo concentrar a atenção numa
questão estratégica. Desde 1995, o estoque de capital estrangeiro no Brasil tem
crescido numa velocidade extremamente mais rápida do que o estoque de capital
nacional”. Torres apresentou dados que mostram que, em 2010, o Investimento
Estrangeiro Direto (IED) atingiu US$ 579,6 bilhões. Entre 1995 e 2010, o
estoque de capital fixo cresceu em torno de 35%, enquanto a parcela estrangeira
nesse total aumentou 1.290%. “Na prática, isso funciona assim: Entre 1995 e
2000, 1.100 empresas privadas brasileiras foram compradas por multinacionais.
Notem que não estamos mencionando as mais de 300 estatais privatizadas, cuja
maioria também foi adquirida por corporações americanas e européias. Entre 2004
e 2011, essa desnacionalização selvagem atingiu 1.074 empresas nacionais. Só no
ano de 2011 foram 208 empresas. E o resultado do primeiro trimestre de 2012
apresenta um crescimento de 117,65% em relação ao primeiro trimestre do ano
passado. Como é possível prosseguir desse jeito?”, indagou o presidente.
“Não dá mais para o Brasil
continuar sem política industrial, sem política de substituição das
importações, sem política para desenvolver a engenharia nacional nos setores de
tecnologia de ponta. E a proposta do PPL é resolver esses problemas priorizando
as empresas genuinamente nacionais nos financiamentos e nas encomendas do
Estado, tal como recomendava a Constituição de 88, antes de ser mutilada por
FHC. Sem isso não haverá um verdadeiro crescimento sustentado. Ademais é preciso
sempre ter em mente que sem aumento real de salário, emprego e investimento
público não há economia que se sustente. Flexibilizar esse princípio elementar
que norteou governo Lula equivale a caminhar para trás”, alertou.
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