quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Toni: “não existe porta de saída” para adolescentes em conflito com a Lei

O vereador Toni Proença usou a tribuna durante a reunião da Comissão Representativa da Câmara para destacar sua visita à Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase) quando da doação de 2.116 livros da campanha Doe Um Livro, Mude Uma História. O vereador fez uma reflexão sobre a situação dos meninos e meninas internos da instituição: “Tive um fim de dia triste, por ver que a nossa sociedade não acompanha o passo seguinte da ressocialização desses meninos e meninas lá reclusos. O que mais me chamou a atenção é que não existe porta de saída. Há um esforço do Governo do Estado, tenho que reconhecer: o prédio está muito bem cuidado, pintado, reformado, as instalações estão razoáveis, colchões novos, camas novas, um telecentro todo equipado, mas ainda falta muito. E o que mais falta é que, quando aqueles meninos saem de lá, não têm um programa governamental que os ampare, que os proteja, que os acompanhe ao longo de algum tempo para que possam retornar à convivência em sociedade”. Toni lembrou o ex-jogador de futebol Sócrates: “Eu vi uma vez o Sócrates, em uma entrevista, se referindo às atividades do Estado com relação aos meninos e aos jovens, e ele dizia: ‘Quem educa é a família, a escola ensina’. E esses meninos, na maioria das vezes, não têm família. Então, ele dizia que, se não existe mais a família, se ela se desintegrou, quem tem que prover o que seria a família deles é o Estado”. Para Toni, a Câmara Municipal deve debater mais a ressocialização de adolescentes em conflito com a lei: “Acho que nós deveríamos nos debruçar sobre esse tema, a partir de agora, e poderíamos, talvez, colher um resultado próximo do que colhemos com a doação de livros. Foi um belíssimo trabalho”.

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