O
vereador Toni Proença usou a tribuna durante a reunião da Comissão
Representativa da Câmara para destacar sua visita à Fundação de Atendimento
Socioeducativo (Fase) quando da doação de 2.116 livros da campanha Doe Um
Livro, Mude Uma História. O vereador fez uma reflexão sobre a situação dos
meninos e meninas internos da instituição: “Tive um fim de dia triste, por ver
que a nossa sociedade não acompanha o passo seguinte da ressocialização desses
meninos e meninas lá reclusos. O que mais me chamou a atenção é que não existe
porta de saída. Há um esforço do Governo do Estado, tenho que reconhecer: o
prédio está muito bem cuidado, pintado, reformado, as instalações estão
razoáveis, colchões novos, camas novas, um telecentro todo equipado, mas ainda
falta muito. E o que mais falta é que, quando aqueles meninos saem de lá, não
têm um programa governamental que os ampare, que os proteja, que os acompanhe
ao longo de algum tempo para que possam retornar à convivência em sociedade”.
Toni lembrou o ex-jogador de futebol Sócrates: “Eu vi uma vez o Sócrates, em
uma entrevista, se referindo às atividades do Estado com relação aos meninos e
aos jovens, e ele dizia: ‘Quem educa é a família, a escola ensina’. E esses
meninos, na maioria das vezes, não têm família. Então, ele dizia que, se não
existe mais a família, se ela se desintegrou, quem tem que prover o que seria a
família deles é o Estado”. Para Toni, a Câmara Municipal deve
debater mais a ressocialização de adolescentes em conflito com a lei: “Acho que
nós deveríamos nos debruçar sobre esse tema, a partir de agora, e poderíamos,
talvez, colher um resultado próximo do que colhemos com a doação de livros. Foi
um belíssimo trabalho”.
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