sexta-feira, 25 de maio de 2012

Congresso Nacional Afro-Brasileiro na Tribuna Popular



Na tarde da última quinta-feira (24/05), o Congresso Nacional Afro-Brasileiro (CNAB) ocupou a Tribuna Popular da Câmara Municipal para registrar o aniversário de 124 anos da lei de abolição da escravatura – que libertou totalmente os negros escravos no Brasil. Segundo o diretor da entidade, Daniel Santos (foto à esquerda), a luta pela emancipação do negro continua até hoje, mesmo após a lei áurea. “A vida do afrodescendente nunca foi fácil, o preconceito existe e nosso papel é lutar para que qualquer ato discriminatório seja rechaçado”. Segundo Santos – que também é presidente do Sindicato dos Contabilistas do Rio Grande do Sul –, mesmo com a legislação, o estado brasileiro na época não se preocupou em oferecer condições para que os ex-escravos pudessem ser integrados ao mercado de trabalho formal e assalariado. “Muitos setores da elite brasileira continuaram com o preconceito. Prova disso, foi a preferência pela mão-de-obra europeia, que aumentou muito no Brasil após a abolição”, argumentou. No entanto, para o diretor, a data de 13 de maio foi a representação histórica da vitória da luta que Zumbi dos Palmares empenhou. “O Brasil é uma nação construída por negros e demos uma contribuição fantástica na construção cultural e econômica desta nação”, acrescentou. Ao resgatar acontecimentos da história do Brasil, as batalhas travadas pelo movimento abolicionista e a luta dos negros, Santos salientou a importância de registrar datas como essa. “É nosso papel alertar as futuras gerações, resgatar o passado, a fim de que fatos como esses nunca voltem a acontecer”, finalizou. Na ocasião, o vereador Toni Proença saudou as lideranças do povo negro presentes à sessão e a iniciativa do CNAB de fazer a comemoração do 13 de Maio – Abolição da Escravatura – usando a Tribuna Popular. “Depois de ver a emoção do Tarciso e de ouvir o Hino da Negritude, tenho certeza de que vocês acertaram em cheio”, disse. Conforme Toni, o Brasil vive um momento bonito, com a ascensão das classes sociais menos favorecidas, e a história do povo negro, sua cultura e suas causas vêm sendo reconhecidas com dignidade e com observância de direitos. “Parabéns ao CNAB por manter viva a chama do 13 de Maio”, cumprimentou.

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