Casas dominadas pela água serão,
mais uma vez, parte do retrato da vila Nova Gleba, na Zona Norte da Capital,
caso a dragagem do Arroio Feijó permaneça estagnada. A ponte na divisa com
Alvorada chega a praticamente desaparecer quando há chuva forte. Os moradores
reivindicaram a demanda no Câmara na Comunidade do último sábado (19/11), que
levou o vereador Toni Proença à região. Segundo a comunidade, já foi realizada a
dragagem do arroio há um bom tempo. Agora, novamente sofrendo com o processo de
assoreamento (obstrução por sedimentos, areia e detritos), o nível da água sobe
com frequência. A solução seria efetuar uma nova dragagem para remoção destes
acúmulos. A reclamação dos moradores é que ninguém quer assumir a tarefa, seja o
Estado ou as prefeituras de Alvorada (que teria ajudado na obra anterior) e de
Porto Alegre. Outra indefinição que aflige a
Nova Gleba é a ampliação da sede do Programa Saúde da Família (PSF), localizado
na Rua Paulo Henrique Ten-Caten, 171. O morador José Valdir Rodrigues da Silva
mostrou a planta do projeto, encomendada pela própria Secretaria Municipal da
Saúde (SMS), mas ressalvou que as reformas realizadas no prédio foram feitas à
revelia do que estava previsto. “Depois disso, já ganhamos a obra várias vezes
no Orçamento Participativo (OP) e não levamos”, reclamou. Em outubro de 2010,
Associação Comunitária Nova Gleba (ACNG) enviou um ofício à SMS questionando os
motivos da demora. O projeto prevê a construção de novas salas, além de uma
cancha poliesportiva na Praça Irineu Esteris da Silva, ao lado da sede –
garantidos pelo OP de 2008 e 2009. A moradora Maria Angélica Machado retratou o
drama vivido pelos integrantes da comunidade. “O PSF sofre um excesso de
demanda. Nossa região precisa de mais postos. Há pessoas dormindo na fila para
conseguir atendimento”. Segundo a presidente da ACNG, Dircéia Matias, a situação
é agravada pela falta de médicos testemunhada desde há sete meses.
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